Os blogs analisados são de pessoas independentes ou organizações bem menores que as linkadas como entidades parceiras do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. Mas como bem explica a teoria da calda longa, ainda que tenham menos acesso do que pode ter tido o site oficial da campanha, por exemplo, juntos, estes blogs fazem a diferença.
Fazendo uma busca no google através das expressão "Plebiscito pelo Limite da Terra" e utilizando o filtro blogs, temos alguns exemplos interessantes. (Estão todos agregados no meu delicious).
Alguns blogs foram criados apenas para a Campanha nos estados o onde a mobilização estava acontecendo. Estes, trazem posts mais direcionados ao plebiscito localmente. O Limite da Terra do Paraná, por exemplo, postou instruções de como os comitês de votação poderiam realizar o envio do resultado da consulta à Secretaria Estadual do Plebiscito. Já o blog do plebiscito no Distrito Federal, apresenta um "tutorial", com fotos, ensinando a confeccionar uma urna.
Os blogs que existiam antes mesmo do plebiscito, parecem abordar o assunto através de seus contextos específicos. Um exemplo que chamou minha atenção, foi o post "Duas questões para pensar: o Plebiscito pelo Limite da Terra e as eleições presidenciais", do blog dos servidores do INCRA. Nele, os dois assuntos são discutidos com foco na reforma agrária. O autor, membro da associação dos servidores, chega inclusive chamar atenção para o fato de que a consulta não faz menção explicita à reforma agrária. Ele vai mais longe e critica os candidatos à eleição de 2010:
Já nos debates eleitorais, os três principais candidatos a Presidente da República pouco tratam de reforma agrária e quando o fazem não relacionam com o limite da propriedade da terra. Quando questionados, a reforma agrária surge como sinônimo de uma política de instalação de assentamentos. Assim, o número de famílias assentadas é o indicador de realização da reforma agrária. O debate fica restrito, quando muito, à qualidade dos assentamentos e à legalidade da atuação dos movimentos sociais.Outro caso interessante, é o Jornalismo lado B que aborda o silêncio da mídia em relação à consulta popular.
Mas discussão mesmo, por meio de comentários
Apesar de eu não ter ido mais longe para comparar a repercussão de sites maiores em relação aos blogs, a participação é algo interessante e mais visível (a princípio) nos blogs independentes. Este blog, por exemplo, reproduziu um texto do Frei Betto e ganhou comentários, 5 reações no twitter e 7 "curtiu" no Facebook. Não consegui comparar com outros sites, pois nos mesmos, apesar de existir possibilidade de compartilhamento de conteúdo, as reações não estavam aparentes.
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